Problemas, exemplos e desafios que afetam quem apita nos campos de bairro.
DONO DO APITO
Nos últimos tempos, o tema arbitragem tem sido pauta constante nas rodas esportivas, nas redes sociais e até nas transmissões de grandes campeonatos. As polêmicas e decisões controversas que surgem no futebol profissional acabam ecoando diretamente no futebol amador, onde a paixão e o improviso convivem lado a lado com o desejo de justiça e respeito dentro de campo.
Quando erros de arbitragem ganham repercussão nacional, o impacto vai além das quatro linhas. Os árbitros amadores, que lutam por reconhecimento e enfrentam condições bem mais limitadas, acabam sofrendo reflexos diretos. Jogadores, torcedores e dirigentes, influenciados pelo que veem nos grandes jogos, muitas vezes reproduzem comportamentos agressivos e desconfiança, tornando o ambiente do futebol comunitário mais tenso e desafiador.
Além disso, a falta de estrutura e de apoio ao aperfeiçoamento dos árbitros locais amplia a distância entre o profissionalismo ideal e a realidade vivida nos campos de várzea. Mesmo assim, muitos árbitros amadores seguem firmes, movidos pela paixão pelo esporte e pelo desejo de fazer um bom trabalho — estudando regras, participando de cursos e mantendo a disciplina.
A verdade é que o exemplo vindo de cima tem grande poder formativo. Quando o futebol profissional valoriza e respeita a arbitragem, o amador também cresce. Mas quando os erros e as pressões tomam conta, o reflexo é imediato: cresce a desconfiança, e o respeito diminui.
É urgente reforçar o papel da formação, do diálogo e da valorização de quem apita. Afinal, a arbitragem é o alicerce da disciplina esportiva — seja em um estádio lotado ou em um simples campo de bairro.
Por: Assis Araújo.
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