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sábado, 27 de agosto de 2016

Sem grana, com gana: Tupi-MG tenta superar abismo que o separa do Vasco

CT precário, problemas para pagar salários e montar time e extinção de juniores potencializam diferenças entre clubes. Vice-presidente crê em vitória diante do Vasco.

TR Tupi-MG Guarani-MG Mário Helênio Juiz de Fora (Foto: Bruno Ribeiro)Galo encara o Vasco no Estádio Mário Helênio
(Foto: Bruno Ribeiro)
As 17 posições na tabela e os 22 pontos que separam Tupi-MG e Vasco na Série B do Campeonato Brasileiro são as diferenças mais evidentes entre os clubes na Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, as campanhas distintas na segunda divisão nacional são muito mais consequência do que propriamente causa do abismo que existe entre o Galo Carijó, 18º colocado, com 18 pontos, e o cruzmaltino, líder, com 40 pontos, e que fatalmente voltará à elite do futebol nacional em 2017.
Com uma folha salarial menor do que o salário do meia Nenê, poucos parceiros na iniciativa privada, um centro de treinamento precário e há cinco anos sem um time júnior nas categorias de base, a equipe de Juiz de Fora enfrenta o Vasco neste sábado, às 16h30, no Mário Helênio, e dá sequência à luta dentro de campo para tentar evitar o rebaixamento.
"Se não somos os maiores, precisamos ser os melhores". Este e o mantra de Estevam Soares, técnico experiente, que chegou ao Tupi-MG em julho e foi um dos últimos a conhecer a realidade que vive o clube, situado no bairro de Senta Terezinha, zona nordeste de Juiz de Fora, cidade mineira próxima ao Rio de Janeiro. Lá está o Centro de Treinamento do Tupi-MG, que na realidade é um antigo estádio. O Salles de Oliveira, que era um caldeirão nas décadas de 70 e 80, hoje é o local onde o time se prepara para as competições. Porém, não tem sido fácil para os atletas e comissão técnica fazerem o dia no local.
treino Tupi-MG Salles de Oliveira Santa Terezinha (Foto: Leandro Colares)Tupi-MG treina no estádio Salles de Oliveira, em Santa Terezinha (Foto: Leandro Colares)


Com o gramado irregular e o solo bastante duro, nos bastidores, os atletas sentem dificuldade nos treinamentos. E olha que a diretoria tem se esforçado. Entre abril e maio, o clube fez uma reforma no Salles de Oliveira, nivelou o gramado e fez uma nova pintura no CT. Além disso, a diretoria alvinegra estabeleceu um acordo com a companhia elétrica que atende à cidade para que luz fosse religada em Santa Terezinha. Isso não acontecia desde 2013, por falta de pagamento. Durante este três anos, o clube tinha dificuldades para quitar a dívida com a concessionária e, por isso, chegou a alugar um gerador de energia. Bem diferente do Vasco, que treina em um campo anexo em São Januário.
Estevam Soares Tupi-MG (Foto: Bruno Ribeiro)É fácil observar e saber sobre os treinos dados pro Estevam Soares. Muros de Santa Terezinha e Estádio Municipal (foto) são baixos e não dão privacidade ao treinador (Foto: Bruno Ribeiro)


Outro problema no dia a dia é a privacidade. Estevam Soares fecha os treinos para tentar esconder a escalação da equipe e complicar os adversários na Série B do Brasileiro. Porém, ele quase arranca os cabelos quando vê sua escalação divulgada pelos meios de comunicação da cidade. Com os muros baixos e com inúmeras casas e apartamentos ao redor, não é difícil esconder a informação. Nem mesmo no Mário Helênio, estádio municipal palco da partida deste sábado, é possível evitar que o time vaze na imprensa, em razão do bairro Aeroporto, local onde fica o estádio, ser bastante aberto e permitir que se observe o time.
Nenê Vasco Treino (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)Salário de Nenê é maior do que a folha salarial inteira do Tupi-MG (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)


Time que, por sinal, é o mais barato da Série B do Brasileiro. A folha é pouco superior a R$ 200 mil mensais, valor que, segundo informações do GloboEsporte.com, é menor do que os vencimentos do meia Nenê, teto da folha salarial vascaína, que gira em torno de R$ 300 mil. Para montar um time minimamente competitivo, é preciso ter criatividade e explorar a visibilidade da competição nacional.
– A dificuldade para montar a equipe é óbvia. Somos a menor folha salarial da Série B. O time que está acima da gente neste sentido deve ter o dobro do teto salarial que temos. Mesmo assim, dentro das possibilidades, conseguimos montar um time com cara de Série B. A solução foi pesquisar muito, negociar bem e ser criativo – destacou o gerente de futebol do Tupi-MG, Gustavo Mendes.
Gustavo Mendes diretor do Tupi-MG (Foto: Bárbara Almeida)Gustavo Mendes foi o responsável por montar a equipe para a Série B (Foto: Bárbara Almeida)


De acordo com o dirigente, a "isca" foi a visibilidade da Série B do Brasileirão. Na visão de Mendes, oferecer espaço a atletas que têm o perfil da segunda divisão nacional, mas estão em clubes de outras divisões ou livres no mercado, foi a maneira encontrada para montar o Alvinegro para a disputa do campeonato nacional.
– Na conversa com os caras mais consagrados, o convencimento foi através da aposta esportiva. A ideia era buscar jogadores que têm a cara da competição, mas que estavam em mercados piores para eles. Além disso, estabelecemos uma nova política no clube. Mesmo com salários baixos e dificuldades para fazer os contratos, não existem cláusulas de liberações amigáveis, sem multa. Perderíamos muito esportivamente – destacou Gustavo Mendes, que perdeu o zagueiro Heitor e o volante Rafael Jataí para o futebol de Israel.
Mesmo com a folha baixa e a verba da TV, que gira em torno de R$ 5 milhões, o Tupi-MG tem dificuldades para pagar os salários de atletas e funcionários. Os vencimentos têm sido quitados em dia até o momento, mas fechar as contas tem sido algo complicado. O GloboEsporte.com procurou a presidente Myriam Fortuna para perguntar sobre o assunto, mas ela não atendeu às ligações. De acordo com o vice-presidente de futebol, José Roberto Maranhas, o máximo que o clube tem conseguido fazer é se adequar à realidade e não fazer loucuras.
– O que podemos fazer é adequar o nosso fluxo de gastos com os recebimentos. O problema é que, como o futebol é movido pela paixão e pelos acasos, as necessidades e imprevistos extrapolam o orçamento. São reposições, saídas de técnicos, lesões graves. A gente tenta adequar os salários, premiações, tudo. Mas, na verdade, é muito difícil a conta fechar – explicou.
José Roberto Maranhas Tupi-MG  (Foto: Bruno Ribeiro)José Roberto Maranhas é médico e vice-presidente de futebol do Tupi-MG (Foto: Bruno Ribeiro)


A falta de dinheiro tem como consequência a impossibilidade do time retomar os trabalhos nas categorias de base. Sem time júnior desde 2011, a equipe não revela jogadores e, por isso, tem dificuldades para negociar atletas e conseguir outra fonte de renda. As escolinhas, nas categorias infantil e juvenil, ainda sobrevivem, disputam competições locais, mas a falta de continuidade em um time sub-20 dificulta a chegada dos garotos ao profissional.
Os problemas financeiros do Tupi-MG também têm muito a ver com a dificuldade de captação de recursos junto à iniciativa privada. Como boa parte dos clubes no Brasil, o Galo Carijó teve dificuldades para conseguir um patrocínio máster. Nas últimas temporadas, este posto pertencia à MRS Logística. O contrato com a empresa não foi renovado ao fim do Campeonato Mineiro de 2016 e em julho, o Alvinegro conseguiu fechar a parceria com uma empresa de plano de saúde, o Plasc. Os valores não foram confirmados ou divulgados pela assessoria do clube mineiro, porém, nos últimos anos, a maior fonte financeira externa do Tupi-MG tem sido a Prefeitura de Juiz de Fora. Por conta de uma lei municipal, o Galo recebe cerca de R$ 30 mil mensais.
A falta de estrutura também se reflete no departamento médico. Ao contrário do Vasco, que tem o Centro Avançado de Reabilitação e Rendimento Esportivo (Caprres), referência na prevenção e tratamento de lesões, o Tupi-MG não tem exames preventivos e departamento de fisiologia para evitar lesões.
Luiz Paulo lateral-esquerdo Tupi-MG gol (Foto: Felipe Couri/tupifc.esp.br)Tupi-MG vai tentar superar dificuldades contra o Vasco (Foto: Felipe Couri/tupifc.esp.br)
Mesmo assim, Maranhas, que além de vice-presidente de futebol é médico, procura olhar o lado romântico do futebol e afirma que a graça do esporte está em poder derrotar um adversário com muito mais estrutura e camisa na tarde deste sábado.
– É óbvio que é muito difícil para um clube como o Tupi ir bem em um campeonato que premia a regularidade. A parte financeira faz a diferença. Basta ver a nossa colocação. Óbvio que um time com estrutura menor tem mais chances de ir bem em campeonatos de tiro curto, mata-mata. Mesmo assim, vamos pegar o Vasco neste sábado. Vai ser um jogo muito difícil, pela camisa do Vasco e por toda estrutura que eles têm. Se vamos ganhar eu não sei. Mas certamente vamos fazer um bom jogo, como fizemos no primeiro turno, e temos chances de conseguir uma vitória, independente das nossas dificuldades no dia a dia – declarou.
Confira as informações do Tupi-MG para o jogo:
Local:
 Estádio Mário Helênio, Juiz de Fora (MG)
Data e horário: sábado, 16h30 (de Brasília)
Escalação provável: Rafael Santos; Vinícius Kiss, Gabriel Santos, Bruno Costa e Luiz Paulo; Renan, Marcos Serrato,  Jonathan, Octávio e Pedrinho; Giancarlo.
Desfalques: Formiga, Hélder, Filipe Alves e Rodolfo Mol
(lesionados)
Pendurados: Henrique, Hélder, Recife, Vinícius Kiss, Douglas, Gabriel Santos, Renan, Octávio, Luiz Paulo e Marcos Serrato
Transmissão: Premiere FC e GloboEsporte.com (tempo real)
Arbitragem: Gilberto Rodrigues Castro Júnior, auxiliado por Marlon Rafael Gomes de Oliveira e Ricardo Bezerra Chianca. O trio é de Pernambuco.
Fotos : Divulgação.
Fonte : Globoesporte.com
Juiz de Fora - Minas Gerias

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